Conheça a Cirurgia mais antiga para Pectus Excavatum e que ainda funciona
Vamos conhecer um pouco sobre a tão falada, entre os grupos de pacientes, cirurgia para Pectus Excavatum, utilizando a técnica aberta. Muitos pensam que Ravitch foi o pioneiro na luta contra essa deformidade, mas isso é uma inverdade.
As primeiras tentativas para o tratamento cirúrgico do tórax escavado datam de 1911 e 1920 com um antigo e conceituado cirurgião da época: Sauerbruch.
Contudo, seus resultados eram bem ruins.
A especialidade da cirurgia torácica evoluiu muito após a primeira guerra mundial, permitindo que procedimentos com intubação fossem realizados com mais segurança e o cirurgião conseguisse abrir o tórax sem grandes complicações. Por volta de 1940, Mark M. Ravitch publicou uma série de casos com resultados bem animadores. Hoje, a cirurgia de Ravitch virou sinônimo de cirurgia aberta para Pectus Excavatum, embora ela tenha evoluído muito ao longo dos anos e diversos cirurgiões tenham adicionado detalhes e modificações a essa técnica.
Técnica de Ravitch para Tórax Escavado
Diferente da técnica mais moderna que realizamos por vídeo e com pequenos cortes laterais, aqui necessitamos de uma incisão maior de aproximadamente 8 cm, que pode ser horizontal ou vertical a depender do caso. Esse corte fica, mais ou menos, na altura do ponto de maior depressão do pectus.
Após esse primeiro momento, descolamos todas as cartilagens costais doentes para poder liberar o osso esterno completamente. Nesse momento, realizamos um corte horizontal no osso, justamente para poder “dobrá-lo”, corrigindo o ângulo do pectus.
O próximo passo é garantir a sustentação do esterno na posição neutra (aqui é onde encontramos a maioria das variações descritas dessa técnica). Podemos utilizar uma grande quantidade de materiais para esse fim.
Eu, Dr. Alan Pontes, acredito que o uso de placas metálicas fixadas com parafusos garante uma melhor estabilidade, evita recidiva do pectus e promove um resultado estético mais previsível ao paciente.
Pós-operatório
Apesar do tempo de internação no hospital ser similar quando comparamos essa cirurgia com a de Nuss, a recuperação é um pouco mais demorada. Os cuidados nas primeiras semanas são redobrados e você paciente precisará de ajuda para deitar e levantar da cama por pelo menos 30 dias. Deve-se evitar ao máximo exercer força na região do tórax. O osso do esterno foi fraturado e precisa se consolidar. Apesar de usarmos placas e parafusos, uma força conjunta no tórax e abdômen repetidas vezes, pode acabar por desfazer toda a cirurgia. Por isso, pedimos muito cuidado no primeiro mês.
Como sei qual técnica será feita na minha cirurgia?
Com o avançar dos tempos e surgimentos de novas tecnologias, a cirurgia por vídeo utilizando as barras de Nuss vem se tornando cada vez mais frequente. Na verdade, hoje em dia, os casos que precisam de cirurgia aberta são bem raros.
Reservamos, basicamente, para situações de deformidades complexas ou mistas, pectus excavatum com assimetria muito intensa ou quando o paciente possui alergia conhecida à metais (níquel e cobalto, por exemplo).
Importante lembrar que em casos de Pectus Carinatum, também realizamos o procedimento com a técnica de Ravitch. Os passos aqui descritos são basicamente os mesmos, a grande diferença é que na hora de “dobrar” o osso esterno, puxamos para dentro e não para fora como no tórax escavado.
Caso você deseje uma avaliação pro seu caso, conte comigo. Fazemos atendimentos online por telemedicina.
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